sábado, 11 de dezembro de 2010

Tempus Fugit

Ando perdendo a noção de tempo. Não sei exatamente há quanto tempo moro aqui nesse estado. Há quanto tempo me senti em casa. Há quanto tempo me senti segura. A única coisa que tenho certeza é de que o tempo está passando depressa.
Tudo bem, não é uma descoberta particular, todos têm essa sensação ultimamente. Pode ser que a medida que ficamos mais velhos, tomamos consciência de que nosso tempo de vida está diminuindo dia-a-dia, minuto a minuto, segundo a segundo. Porque essa sensação de urgência é uma sensação adulta. Não me lembro de ter sido urgente quado criança e até hoje não conheci nenhuma assim.
Há meses tenho acordado muitíssimo cedo e ido dormir tarde. Há meses ando sempre correndo Há meses desejo que o dia tenha no mínmo 48h. Há meses luto por minha individualidade. Há meses não sei andar devagar. Inclusive, as vezes nem sei o por que corro tanto.
Há meses olho para o relógio e peço a gentileza para parar, para eu poder desfrutar com calma de cada momento, que eu possa ver cada detalhe da cidade com mais calma, para que eu possa degustar no lugar de engolir as refeição, para que eu possa viver e não correr.
Mas é claro que ele não me obedece e ajuda o tempo a fugir, correr. E nós, corremos atrás. Na vida profissional não existe meio de resolver as coisas com calma. Tudo tem que ser rápido. Mas, na vida pessoal, tenho lutado pra viver no lugar de correr. Porque são nos detalhes que encontramos a felicidade. E viver é uma felicidade, basta você olhar com calma o mundo.

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