sexta-feira, 23 de abril de 2010

What goes around, goes around

Nunca questionei as portas e janelas fechadas na cara, nem os tapas e socos e pontapés. Sempre sacodia a poeira, engolia o choro (ou chorava escondido), olhava pra frente e pensava: ainda não chegou a minha vez. AINDA. E a vida seguia, muitas vezes por muitos lados, escolhia algum, andava metade do caminho e voltava, seguia outro e algo me impedia de seguir a frente. E assim foi minha vida por muito tempo.
Mas sou água, e água se é impedida de seguir seu caminho, cria outro. E um atalho se fez na minha vida e aqui estou eu nesse novo. Tudo novo. E não vou ser modesta e dizer que não mereço tudo que está acontecendo. Sou merecedora sim. E sei que esse é só o começo do meu sucesso. Todos desacreditaram de mim, mas eu acreditei, e isso bastou. Não diria todos, mas os que eu esperava que acreditassem em mim, desacreditaram. E os que eu nunca pensei que acreditariam, acreditaram. E, pronto, me basta também seguir a minha vida por aqui e vocês por aí, porque eu aprendi a ser sozinha e não poder ter colo, nem ombro, nem palavra amiga na hora certa ou errada. Sou merecedora e ponto final.

Naquele dia no qual o deixei na rodoviária, não cogitei nenhuma possibilidade de deixá-lo de verdade, ou que dali a um ano eu estaria numa cidade totalmente diferente, convivendo com pessoas novas, sendo querida, correndo contra o tempo, me sentindo viva, trabalhando em uma multinacional, e, sem ele. E sem ninguém. E se quer saber, estou muito bem, obrigada.

Ele me ligou não faz muito tempo. Não vou negar que me senti mal depois da ligação. Mas não era amor reprimido, era mágoa reprimida. E só. Fui lembrar alguns dias depois que ele me ligou bem no dia do seu aniversário, olha só, irônico não? Mas o que vai, vai. E tudo o que eu tenho de fazer é agradecer a Deus, ao Universo, a tudo e a todos.

Obrigada, obrigada, obrigada!

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