terça-feira, 23 de março de 2010

O tempo que já foi exato...

Mais um dia com o coração cheio de expectativas e com os braços cansados de tanto tentar abraçar o mundo. Sei que é em vão, mas, vai que um dia eu consigo? Minha vida toda lutei contra todos e principalmente contra a minha mente. Todo santo dia ao abrir os olhos repito como um mantra: Eu sou capaz. Eu posso. Eu consigo. Stay away pessimismo.
Sou uma pessimista. Olha só, mas não parece! Mas, sim, sou pessimista. Minha diferença está no não tentar ser pessimista 24h por dia e conseguir ver as expecativas. Olha ela de novo: expectativa. Não sei qual é o momento que ela deixa de ser essa coisa legal que nos faz crescer e passa a ser essa coisa chata que nos dá esse friozinho na barriga e a taquicardia. Mas acontece. Sempre.
Sempre tive paciência pra tudo. Sempre pensei muito antes de abrir a boca. Melhor ficar calada do que se passar por idiota, né? Sempre repeti mentalmente o que minha mãe me diz: tudo tem seu tempo.
Ok, e o meu tempo? Quando vai chegar, moço? Percebi que meus vinte e poucos anos não são grande coisa, mas também não são tão poucos assim. O tempo que parece tão exato quando somos mais jovens não está mais aqui. E começo a ter a mesma pressa na qual esse tempo marcha.
Nunca fui exemplo de porra nenhuma nessa vida. Só quero vencer e ser feliz. Mas olha, que coisa mais capitalista e individual. Sim, sou essa sim. Cansei de tentar ser politicamente correta só pra evitar confusões. Eu estou a procura de todas as cofusões possíves! Quero gritar pro mundo que estou pra briga e que o sucesso é meu e ninguém tasca!
Porque o tempo que eu tinha certeza que estava em minhas mãos, não existe mais. Porque a calma que eu tinha por saber que o mundo sempre vai estar no mesmo lugar no amanhecer, não existe mais. E tudo que eu quero é comprar o ingresso praquela roda gigante que todos que deram-certo-na-vida estão. Tem lugar pra mais uma, moço? Não, melhor cabine dupla, por favor, vai que o meu amor chegue numa volta dessas.

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